II Timóteo 4:17 II Timóteo 4:9-18
Gosto muito deste texto de Paulo. Leio-o, particularmente, quando me sinto traído por este mundo podre, quando me sinto angustiado pelas astutas ciladas do diabo e quando me sinto sozinho e embrulhado na minha própria vida.
Na verdade, nós nunca estamos sós. Jesus está com todos aqueles que O adoram e O têm como Senhor. O que acontece é que os problemas da vida, os trabalhos, a família, os amigos, a profissão, subjugam-nos de tal maneira que julgamos estar sós. Pensamos que não somos capazes (quando, na verdade, podemos todas as coisas n'Aquele que nos fortalece - Filipenses 4:13; Romanos 8:37), mas Cristo está lá para nos assistir, fortalecer, dar ânimo, defender e desatravancar todo o caminho que temos de percorrer.
Não desanimes, meu irmão. Jesus está lá no sítio, antes de tu chegares. Jesus chegou primeiro para te ajudar e para que "fiques livre da boca do leão" (II Timóteo 4:17). Nós nunca estamos sós. Jesus prometeu estar connosco sempre e Ele não falha.
Li algures que no Irão, onde não se pode pregar Jesus, um grupo de cristãos, presos em várias cidades do país, foram atirados para uma masmorra imunda na cidade de Teerão. Como não tinham Bíblia, confortavam-se mutuamente citando textos que sabiam de cor. Um dia, o que tinha sido pastor, lembrou-se das palavras de Jesus - "Vós me deixareis sós, mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo" (João 16:32).
Ele meditou por três dias nestas palavras de Jesus e ficou convencido que elas se referiam a ele mesmo e que breve os seus irmãos lhe seriam tirados pelas autoridades. Ainda nesta luta íntima, ele ouviu a porta da masmorra abrir-se e um soldado chamar os nomes dos seus companheiros de cela, que iriam trabalhar como escravos num poço de petróleo. Ele ficou só, para julgamento. Ficou só. Chorou, orou e lançou os seus temores sobre Jesus. Pensou "Deus me há de assistir".
Poucos dias depois ele compareceu perante um juízo, que o condenou à morte por fuzilamento, por traição ao islamismo e á pátria.
Foi para o pelotão de fuzilamento certo de que tinha combatido o bom combate, que tinha guardado a fé e que, agora, iria receber a coroa da justiça.
Deus lhe deu forças para expressar, como sua última vontade, perante o pelotão de fuzilamento: - quero glorificar a Jesus com a minha morte. Ele é o Único Deus.
Morreu seguro de que Deus o assistia fielmente na sua carreira de mártir por Jesus.