II Coríntios 12.18 II Coríntios 3:17
Hoje, em Portugal, celebramos o Dia da Liberdade. Lembramos a chamada "Revolução dos Cravos", concretizada em 25 de Abril de 1974. Foi vencida a ditadura do Estado Novo, imposta aos portugueses por António Oliveira Salazar e sustentada pelos biltres da política (Pide e DGS), e, então, substituída por um Estado Democrático, onde "diz-se", "o povo é quem mais ordena".
Desde 1974, os portugueses, diz-se, vivem em liberdade! Mas, será que vivem mesmo? Haverá liberdade autêntica onde não há pão, nem emprego, nem saúde, nem segurança social e onde mais de dois terços dos habitantes vivem na pobreza abaixo dos limites da pobreza? Será que a liberdade é apenas podermos dizer umas "coisas", que, às vezes, até não são verdades, nem são coisas razoáveis? Será que liberdade é apenas podermos escrever palavrões nas paredes das ruas, atentar contra a vida e integridade do nosso próximo? Será que a liberdade é fazer tudo aquilo que nos dá na real gana, sem termos em conta os direitos mais fundamentais do nosso próximo?
É preciso cuidado com o uso da nossa liberdade. Que nunca, jamais, entremos em choque com os direitos que os outros também têm. Cuidado com o uso da liberdade, tanto no que respeita aos direitos dos outros, como no que se refere a nós mesmos, pois bem pode voltar-se o feitiço contra o feiticeiro. Kant, filósofo alemão, conta que uma certa pomba que sempre estivera presa, quando se viu em liberdade, subiu tão alto, tão alto, sempre mais alto, até que o ar deixou de ser respirável e ela caiu das alturas da sua liberdade para a morte.
A liberdade tem os seus limites de uso, para que se não torne perigosa licenciosidade. Cuidado no uso da liberdade com que Cristo nos libertou. Ele libertou-nos e, por Seu sangue, tornou-nos livres das peias do pecado e da morte.
Agora, somos livres e o Espírito do Senhor está em nós com toda a plenitude da liberdade para amar a Deus de todo o nosso coração e o próximo como a nós mesmos. Livres para fazer tudo o que é honesto, de boa fama e de glória para Deus. Livres para resplandecermos a luz do céu aqui na terra. Livres para promover a Cristo e a tudo quanto é dimanante d'Ele.
"Ora, o Senhor é Espírito, e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade".