Isaías 55:8
Para ilustrar esta grande verdade, tomamos a liberdade de transcrever para o "LUZ DIÁRIA" a lindíssima poesia de Clarisse Barros, no seu livro "Selah", 1ª edição, página 234:
Se fosse eu a escolher o meu caminho,
buscaria os prados verdes de alegria,
as terras férteis, protegidas no sopé das montanhas,
as planícies bem regadas de Sodoma,
e nunca subiria a Moriá para adorar!
Faria habitação entre os moradores da terra,
compraria faisões e iguarias nos mercados do pecado,
lutaria a sua horrenda guerra,
correria a beber às fontes imundas do seu prazer,
e, morrendo devagar, pensaria estar a viver.
Mas, oh Senhor, meu Amado Senhor,
como em Tua graça me impedes de ser eu a escolher!
Como Tu me livras e me defendes do meu próprio ser!
Como Tu me chamas, me suportas,
me alentas e derramas sobre mim Tua bondade,
enquanto me sustentas no caminho que escolheste para
mim!
Contigo eu subo a íngreme montanha.
Dali avisto a glória de há de vir.
Ali espero, alegre, a eternidade,
ali contemplo o Teu poder, o Teu amor, a Tua justiça
e a santidade do meu Redentor!
Ali cessa o murmúrio da batalha deste mundo,
ali soa somente a doçura
da voz mansa e delicada do meu Senhor.
Ali a minha luta é de oração.
E enquanto coloco sobre o altar a minha vida,
e rendida adoro com todo o coração,
Tu estendes a Tua mão para me livrar.
Ergues-me de novo. Renovas-me o vigor,
ajustas a minha cruz. Suavizas meu jugo
e mostras, com imutável e inabalável amor,
como Tua vontade é perfeita, agradável e boa,
como os teus pensamentos e os Teus caminhos não são
como os meus:
Aqui, dás-me uma cruz,
mas na glória dar-me-ás uma coroa!
(Extraído)