Isaías 1:6-18
Fora um acidente rodoviário terrível. Dois automóveis tocaram-se a alta velocidade e despistaram-se, atirando, rapidamente, um homem para a morte, outro para o hospital com vários traumatismos, que o marcariam para o resto da vida, e ainda outro que, no alcatrão manchado de sangue fresco, pedia socorro com voz cada vez mais fraca. O médico com um outro ajudante estudavam a situação para causarem menos danos possíveis. Puseram-no, com muito cuidado, na maca, viram-lhe as mãos com dedos decapitados e procuravam proteger a cabeça, que já nem força tinha para gritar.
De repente começou a gritar - "não mexa aí... não aperte aí... parece que a minha cabeça se está a derreter... - Era o ponto nevrálgico do problema! Depois de conferenciarem entre eles, lá arranjaram maneira de o transportar até ao hospital mais próximo.
Não sei se sobreviveu ou não, mas sei que as suas dores e gritos representam bem o doente espiritual, enfermo desde a coruta da cabeça até à planta dos pés, mas que não quer que lhe falem de Deus, nem da vida eterna, nem de salvação. Só grita que lhe dói, que não quer que lhe mexam.
Deus não vai forçar, mas vai fazer todos os esforços, mesmo que doa agora, para que fique curado depois; mesmo que seja doloroso agora, tenha paz e felicidade depois.
É aquele ponto na cabeça, centro da vida, que Deus quer curar. É lá que estão os preconceitos, a religião de palha, as idolatrias, etc.. É lá que dói e é lá que é preciso curar. É de lá que o pecado opera (Romanos 3:23) e onde Deus quer aplicar o remédio - o sangue do Senhor Jesus Cristo, que tira o pecado do mundo.