José, comprometido em casamento com Maria de Nazaré, é uma das figuras mais apagadas do Novo Testamento em comparação com as outras figuras de Natal -- Maria, os anjos, os pastores, os magos, a estrela, a manjedoura, etc..
Parece-me injusto. Sem diminuir o importantíssimo desempenho de Maria, na sua fé, sua entrega, submissão e acompanhamento de Jesus durante toda a sua vida, há que reconhecer também a parte que coube a José, que, no início das coisas, era apenas um "comprometido" por palavras, sem assinatura, nem casamento formal e consumado.
José foi um escolhido de Deus para uma tarefa específica, que cumpriu com integridade, carácter, amor e total entrega, de tal maneira que, no início do ministério público de Jesus, ele era conhecido e respeitado (Mateus 13:55; João 1:45; 6:42).
José, homem digno se ser imitado.
Mateus 1:1-17
O Novo Testamento começa com o livro da geração de Cristo, filho de David, da geração de Abraão. São dezassete versículos consagrados à genealogia de Jesus, desde Abraão até David e de David até José e Maria, da qual nasceu Jesus.
Não é um texto inútil, nem sem razão própria, pois, na Bíblia, tudo é útil, tudo tem razão de ser. Aqui nos é apresentada a figura histórica do Salvador, demonstrando-nos como Deus cumpre sempre ipsis verbis " a Sua Santa Palavra. Estava escrito, assim se cumpriu (Genesis 12:3; Isaías 11:1)
Todos devíamos reflectir sobre isto. O que Deus diz faz; o que Deus promete cumpre-se. Ele é fiel no cumprimento das Suas promessas.
Cristo nasceu entre os homens, em cumprimento da profecia do Senhor, ainda que isso Lhe tivesse custado limitações, rejeição dos Seus, humilhações diversas, mas Ele se tornou homem para poder fazer nascer Deus em nós.
Tenhamos a coragem de O aceitar como Senhor e Rei da nossa vida.
Mateus 6:26
Vós tendes muito mais valor que as aves dos céus, que os grandes mamíferos da selva, que os gigantescos peixes do mar, que as jazidas riquíssimas da terra. Um homem vale mais do que o mundo inteiro.
E porquê? Será exclusivamente pela excelência do seu corpo? Será pela sublimidade da sua mente? Pensamos que não, pois também os anjos têm um corpo especial (com muito mais mobilidade que o homem), têm uma mente sapientíssima (veja-se do que são capazes os demónios e o que podem fazer os anjos fiéis - Genesis 3:1-7; Mateus 4:1-10; Lucas 22:3-6 e Apocalipse 2:8-9) e não têm tanto valor como o homem. De onde, pois, lhe advém o seu valor? Vem-lhe do facto de ter sido feito à imagem e semelhança de Deus. O Criador inculcou no homem a Sua imagem, dando-lhe um espírito imortal, com a capacidade de O adorar, glorificar e de gozar a bênção da Sua presença.
O homem vale mais que o mundo inteiro e, por isso mesmo, na plenitude do tempo, Deus enviou o Seu Filho Unigénito, nascido de mulher, para vir buscar e salvar o que se tinha perdido!
Deus quer-te salvo, feliz, por isso, mandou Jesus, o Rei da Paz. Aceita-O como Salvador e obedece-lhe como Senhor e integra-te na Sua coroa de glória! És a jóia preciosa que está em falta.
A estrela
apontou-me um casebre
na Noite de Natal.
Eu vi a mesa do pobre
sem pão;
a panela vazia; a criança carente
sem qualquer esperança
de ganhar presente.
E as lágrimas que rolaram
dos meus olhos tristes
reflectiram a luz
da Estrela de Belém
e tornei-me luz também.
Lembrei-me das palavras de Jesus:
- Quando o fizestes
a um destes meus pequeninos irmãos,
a mim o fizestes.
E que noite feliz aquela
que me fez lembrar a mão
e repartir com o pobre irmão
uma porção de mim!...
Que noite de Paz
tornar-me anjo,
distribuir amor,
fazer sorrir;
no frio, trazer calor,
na fome levar o pão,
e mais que tudo isto:
anunciar a salvação
e ver uma nova criação
nascer com Cristo no coração!
Que noite de Paz!
Que noite feliz!
Silvino Neto
Uma das coisas que muito gostaria, neste Natal, era que houvesse paz. Paz entre as famílias, paz entre as nações, paz entre os homens. Que este fosse um tempo de verdadeira paz.
Quando Jesus nasceu na humilde cidade de Belém da Judeia, os anjos cantaram: - "Glória a Deus nas alturas, paz na terra e boa vontade para com os homens..." (Lucas 2:14). Estava dado o primeiro passo para a paz entre Deus e os homens; estava estendido o braço de Deus, a mão da boa vontade. Era suficiente aceitar a reconciliação.
Infelizmente isso não aconteceu e, ao longo dos últimos dois mil anos, os homens têm rejeitado a boa vontade e o amor de Deus e têm-se envolvido nas mais tremendas e sanguinolentas guerras. Têm-se morto, traído, enganado e destruído com tal garra e raiva que, dentro em pouco, nada mais haverá para morrer. Morre a fauna marinha e terrestre, morre a flora das selvas e das planícies, queima-se e envenena-se o oxigénio e a água dos rios e mares, necessários à vida. Finalmente, consumido pelas mais tremendas doenças, sem nada que comer e em horríveis estertores de asfixia, fome e sede, morrerá também o homem. Triste realidade para todos aqueles que rejeitam o braço divino (JESUS) estendido ao pecador.
Jesus não sòmente veio trazer a paz ao mundo, como Ele mesmo é a nossa paz (Efésios 2:14-18). Jesus dá-nos a Sua paz, não como o mundo a dá, pois a paz do mundo é falível, passageira, sem bases, mas a paz de Jesus firmada no pagamento total da nossa dívida a Deus e confirmada com o Seu próprio sangue vertido na cruz.
Queres que este Natal seja de paz e não de guerra? Queres que este Natal seja uma realidade e não um simulacro? Queres que este tempo seja de paz, alegria e verdade?
Se sim, aceita o Senhor Jesus Cristo como teu Salvador e Senhor, pondo em prática os seus ensinamentos de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
"Tudo o que quereis que os homens vos façam,
fazei-lho vós também"
(Mateus 7:12)
Lembro-me de, quando era criança, lá para os "idos" de 1942/43, se usar, nos campos da vasta planície ribatejana, uma espécie de trilho, composto por um cilindro com dentes de aço, que tinha uma dupla função -- ora esterroar a terra lavrada no início da Primavera, ora esmagar as espigas de trigo, a fim de separar a palha do grão.
O instrumento servia sempre para esmagar, triturar, atribular, ora os torrões, ora as espigas. Sei agora que já os antigos agricultores romanos tinham algo parecido, a que chamavam "tribulum", de onde deriva a palavra tribulação.
Na verdade, a tribulação costuma separar o trigo do joio, e a palha do grão, na carácter cristão. Talvez por isso o apóstolo Paulo exortasse os romanos, dizendo-lhes: - "Sede pacientes na tribulação, sabendo que a tribulação produz mais paciência, e a paciência mais experiência, e a experiência mais esperança (Romanos 5:3-4; 12:12).
No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (João 16:33).
Por vezes dou por mim a contar os meus "euros". Tenho poucos. Sou pobre.
No entanto, recuso-me a aceitar este "veredictum", pois, na verdade, sou rico -- tenho uma Bíblia.
Há dias, li acerca de um homem que, durante toda a sua vida, investiu milhões de euros para formar uma galeria de quadros pintados pelos génios da pintura mundial. Era rico pela sua colecção de obras de arte.
Não tenho colecções que valham dinheiro. Tenho, contudo, a Bíblia que, em si mesma, já é uma colecção ímpar e uma obra de arte maravilhosa. Ela contém a mais maravilhosa galeria de pintura (a criação, o paraíso, a queda do homem e consequente expulsão do paraíso, os quadros relacionados com o dilúvio, o primeiro arco-íris, a torre de Babel, a chamada de Abraão, a oferta de Isaque em Moriá, a escada de Jacó, a venda de José, sua vida no Egipto, a chamada de Moisés, o êxodo, a passagem do mar, a travessia do Jordão, a conquista, Ruth, a moabita, David e a Sua harpa, David e Golias, a angústia de Elias, o machado de Eliseu, a paciência de Jó, a chamada de Isaías no templo, o profeta boieiro, a anunciação, o nascimento de Jesus, a visita dos magos, a fuga para o Egipto, João Baptista, os primeiros apóstolos, a traição de Judas, a instituição da Ceia, Jesus no Getsemani, a crucificação, a ressurreição de Jesus, o susto das mulheres, a ascensão, a chamada de Paulo, o naufrágio de Paulo, Paulo em Roma, Atenas, Antioquia, Corinto, o Cordeiro do Apocalipse, etc., etc.. Não têm fim as obras feitas e apresentadas ao mundo durante mais de três mil anos.
Que diríamos dos seus poemas, como o livro de Jó, Provérbios, Cantares de Salomão e Salmos? Que diríamos das suas descrições épicas, como o êxodo, a conquista, a monarquia de David, o cativeiro, o regresso à terra com a construção do templo, o sermão profético de Jesus? Como falar do valor histórico da Bíblia, que, ainda hoje, é fonte de inspiração, estudo e escavações arqueológicos? Como avaliar o valor devocional de textos como estes:
- "Sai da tua terra e da tua parentela para a terra que eu te hei de mostrar?.
"Diz ao povo que marche!...
Esforça-te e tem bom ânimo...
O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.
Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.
Eu sou o Caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim.
Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo.
Em nenhum outro nome há salvação...
Não me envergonha dco Evangelho de Cristo.
Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida".
A Bíblia é, realmente, a maior e o mais extraordinário tesouro do mundo.
"Ela é uma mina de riquezas, um paraíso de glóriaq, um oceano de prazer. Nos é dada em vida, será aberta no dia de juízo e lambrada eternamente. Envolbe a mais alta responsabilidade, recompensará o maior labor e condenará todos os que desprezarem o seu conteúdo". (António Augusto de Aguiar).
Não tenho bens materiais, mas ou rico, porque tenho a Bíblia - "Gl~´oria imortal da humanidade" (António José de Almeida).
Na quadra de Natal há sons muito especiais. Música seleccionada, palavras de felicidade, votos de Boas Festas, cores reluzentes, miríades de luzes, cumprimentos efusivos, gestos de perdão (pelo menos aparente), festas de solidariedade, presentes, alegria, muita alegria!
Nós, no meio deste bulício, o que é que ouvimos? O que é que sentimos? Para onde nos voltamos?
Há quem só ouça o contínuo retinir da campainha da máquina registadora; há quem só veja o mercandejar das coisas materiais; há quem só sinta os prazeres da carne; há quem só viva para apreciar o sabor dos alimentos físicos mais requintados; há quem só cheire os odores e fragrâncias das essências preparadas para impressionar positivamente os sentidos; mas a vida real é diferente, mais concreta e objectiva.
Há que ver, sentir, cheirar e ouvir o que no mundo existe. Há que ouvir o grito das multidões perdidas, famintas, sem pão, nem direcção. Há que ver como estão doentes, sem forças. Há que tocá-las, levantá-las e tratar das suas feridas nauseabundas, da sua fome endémica, da vida sem rumo.
Deixemos de ouvir tão insistentemente o ressoar do ouro, para ouvirmos os sinos de Natal repicando nas nossas consciências e avisando-nos que há pão para todos (Jesus é o pão da vida), que há saúde e salvação para a humanidade (Jesus é o médico e o bom pastor para todos os homens), que há vida abundante para quem a quiser (Jesus é a ressurreição e a vida e veio trazer vida abundante para todos - João 10:1-14).
Escutemos os anjos de Deus celebrando o Natal (Lucas 2:9-14), unamo-nos aos pastores de Belém e vejamos o que aconteceu e que o Senhor nos fez saber.
Lucas 18:38
Quando a dor te bater à porta não lhe vires as costas, enfrenta-a com coragem, com fé e clama mais alto a Jesus - Ele te ouvirá.
Ele te ouvirá, como ouviu o paralítico estático, como ouviu o cego Bartimeu , o rico Nicodemos e o desprezado ladrão da cruz. Ele sabe das nossas dores e quer vir em nosso auxílio. Basta que lhe peçamos.
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Se hoje a dor bater à tua porta,
amigo, não importa,
recebe-a sem rancor.
É ministro de Deus, também a dor.
Quem sabe um novo dia principia
se a dor te aplica a sábia cirurgia
de séria amputação?
Amputa o teu orgulho, a tua ambição.
E sê mais cristão, mais dócil,
mais submisso.
E lucrarás com isso!...
Amputa a tua vaidade e faz-te mais real,
desseca o teu egoísmo
que faz teu mundo estreito,
mesquinha a tua visão.
E serás mais cristão.
E, quando a dor sair de tua casa,
lavar seu bisturi,
tirar seu avental,
dirás de ti p'ra ti:
- Muito obrigado, dor;
mau grado a cicatriz,
sou muito mais feliz.
W. C. Ferreira
Eclesiastes 11:1
Lançar o nosso pão sobre as águas é um desafio à nossa fé. Não sabemos onde será semeado, quando frutificará, nem qual a produção que dará. Só nos é prometido que, muitos dias depois, o acharemos, ele é nosso e a nós voltará.
Crês tu isto? Ou és avaro, sovina e reténs só para ti o pão que deveria ser espalhado e semeado por toda a parte? No armazém da tua avareza, a riqueza apodrecerá e nem tu, nem ninguém, gozará do milagre da multiplicação da vida. Uma vez semeado, o trigo produzirá a trinta, a sessenta e a cem por cento.
Confia, lança o teu pão sobre as águas, reparte com sete, oito, dez, cem e, a seu tempo, o teu pão voltará a ti com grande margem de felicidade e alegria.
Dai e ser-vos-á dado, boa medida recalcada e sacudida vos deitarão no regaço (Lucas 6:38).
Deus deu-nos o Seu Filho Unigénito, o melhor que havia no céu. Neste Natal, o que é que disponibilizamos para Deus? (Leia-se Romanos 12:1-2).