II Coríntios 2:15
Mais uma vez, chegou o mês de Novembro e, com ele, o bom cheiro das flores de nespereira, que ornamenta o "quintalão" em frente da nossa janela. Logo que o sol se espraia sobre a velha nespereira, as flores, semifechadas durante a noite, abrem e lançam para o ar uma nuvem de incolor perfume, que consola a nossa pituitária e nos convida a inspirar muitas vezes. É uma sensação deliciosa e que nos leva a agradecer a Deus as pequenas (grandes) coisas que Ele preparou para nós.
Ao sentir o suave perfume da bonita árvore, lembrei-me das palavras de Paulo, quando escrevia aos coríntios e lhes lembrava o privilégio de serem o "bom cheiro de Cristo para aqueles que se salvam". Ele quer, por nosso intermédio, difundir, por toda a parte, o perfume do Seu conhecimento!
Que cheiro estamos nós a espalhar ao nosso redor? O bom cheiro de Cristo, para que todos conheçam que Jesus Cristo é Senhor? O bom perfume de pessoas santificadas que, na sua vida, proclamam Cristo, ou o cheiro de morte e maldição para os que se perdem?
Somos falsificadores da Palavra de Deus ou falamos e vivemos em Cristo, com sinceridade, como de Deus e na presença de Deus? (II Coríntios 2:17).
Que perfume exalamos da nossa vida? O perfume da bênção ou o perfume da maldição?
Salmo 34:9
O imperativo de "temer ao Senhor" é um dos mais requeridos através do Livro de Deus - a Bíblia.
Realmente Deus é digno do nosso temor, adoração e proclamação a "tempo e fora de tempo".
Teme a Deus pelo Seu poder,
confia em Deus pela Sua sabedoria,
ama a Deus pela Sua bondade,
crê em Deus pela Sua fidelidade,
serve a Deus pelo Seu grande amor,
louva a Deus pela Sua grandeza,
adora a Deus pela Sua santidade,
espera em Deus pela Sua graça,
proclama a Deus porque Ele é Deus Único,
vive Deus porque Ele é Senhor da vida.
Extraído
João 14:9
Quando esta pergunta foi feita pelo Senhor Jesus, o Seu ministério estava a chegar ao fim. Vivia a Sua última noite com os Seus discípulos e constatava, mais uma vez, que eles ainda não O conheciam, nem compreendiam a razão da Sua estada no mundo.
Jesus tinha sofrido muito com a atitude dos religiosos e políticos do Seu tempo, mas também sofria muito com a incompreensão dos Seus. Era duro e triste constatar que os Seus primeiros discípulos não discerniam que tudo o que Jesus dizia e fazia tinha sua origem no Pai, em quem estava, e tinha por alvo a concretização da salvação do mundo perdido. Era duro e triste chegar a esta conclusão.
Nós, hoje, como compreendemos a Obra de Jesus? Cremos que faz o melhor? Envolvemo-nos totalmente, com fé, entrega e espírito positivo? Ou ficamos também na incredulidade?
Não julguemos os discípulos com demasiada dureza, pois nós mesmos falhamos; nós, muitas vezes, não fazemos o que devíamos, mas ficamos na retaguarda, com medo, inactivos, enquanto almas perecem e ficam sem Cristo.
Revistamo-nos de fé, de certeza de que Ele está no Pai e que o Pai está nele e tudo o que pedirmos em Seu Nome Ele fará.
Com Ele venceremos - "posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13).
Já conhecemos mesmo a Jesus? Já conhecemos o Seu amor, a Sua santidade, Seu poder e graça? Mostremos ao mundo que O conhecemos, integrando-nos na Obra que Ele nos deu a fazer.
Ezequiel 43:5-6
" A glória do Senhor encheu o templo e ouvi uma voz que me foi dirigida..."
Quando abrirmos caminho para que a glória do Senhor entre nas nossas vidas, na pessoa do Espírito Santo, então, ouviremos a voz do Senhor falar connosco, como também falou com Ezequiel (Ezequiel 43:6).
Deus ainda hoje fala aos nossos corações, basta que estejamos preparados para O ouvir. Que bom é podermos ouvi-lO como Pai, como companheiro, como irmão em Cristo. Quando nós quisermos, Ele encherá o templo da nossa vida com a Sua glória.
Agora, lancemos de nós toda a iniquidade, prostituições e malícias e Deus habitará em nós para sempre com o fulgor da Sua glória. Este é o preço que temos que pagar -- abandonar o pecado e dar lugar a Jesus (Ezequiel 43:9).
Quando a Glória entrar na tua vida, louvarás, bem alto e com alegria, ao teu Pai celeste, como o fez Ezequiel.
I João 4:8
Este é um dos versos bíblicos mais citados, mas, infelizmente, nem sempre compreendido, quer no que respeita ao seu alcance, quer ainda que este ser um atributo que Deus quer comunicar a todos os homens.
Desde o princípio que Deus demonstra este imutável amor, quer providenciando, ainda antes do "tempo", a salvação do homem pelo sangue do Cordeiro (Hebreus 4:3; Apocalipse 13:8), quer acompanhando o Seu povo com um rasto de sangue (Genesis 3:21; 22:12-14; Êxodo 12:22; Mateus 27:32-57), até à consumação do Cristo na cruz do Calvário (Lucas 23:33-48).
Deus não só demonstrou o Seu grande e infindável amor, como também mandou que nos amássemos uns aos outros, mesmo que os "outros" sejam nossos inimigos.
Deus é amor que não engana, não falha, nunca esmorece, não folga com a injustiça, não se apaga jamais. É assim, com este amor, de alma, mente e coração, que nós devemos amar a Deus. É assim que devemos amar o próximo como a nós mesmos.
Deus é amor e nisto se manifestou o amor de Deus em nós - "em haver Deus enviado o Seu Filho Unigénito ao mundo quando nós ainda éramos pecadores" (Romanos 5:8).
Deus é amor e nisto consiste esse amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados, quando nós ainda éramos seus inimigos" (I João 4:8-10)
II Timóteo 1:7
Uma das grandes ânsias do homem moderno é o Poder. Poder para mandar, pôr e dispor do seu semelhante. Demonstrar, de todas as formas e feitios, aquilo que é, mas que, na realidade, não é. Era bem melhor que nos ficássemos pela norma do filósofo - "só sei que nada sei" ou, então, pelo princípio bíblico - nada somos neste mundo; "somos como a erva; seca-se a erva, caem as flores e nós voltamos ao pó, de onde viemos" (Isaías 40:7-8; Eclesiastes 12:7).
No entanto, Deus não nos deu o espírito de fraqueza, antes, deu-nos o espírito de fortaleza e amor. Neste espírito, nós somos mais do que vencedores! É que, quando estamos fracos na ideia da nossa força, do nosso valor, então, estamos fortes (II Coríntios 12:10).
Com Ele a dominar as nossas vidas, nós somos fortes para amar os nossos inimigos, fazer bem a quem nos quer mal, e, sobretudo, anunciar a boa nova da salvação aos inimigos da cruz de Cristo (João 20:21-23).
Não temas, porque Jesus prometeu "a minha graça te basta e o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (II Coríntios 12:9a).
Diante desta promessa, Paulo, servo de Jesus Cristo, assumiu - "eu de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo" (II Coríntios 12:9b).
Qual a tua opção: - Seres forte em ti mesmo e voltares ao pó ou seres fraco em ti mesmo e forte com Jesus, o Senhor?
Isaías 64:8
Senhor, Tu és o nosso Oleiro e todos nós obra das Tuas mãos. Por favor, continua a moldar-nos segundo a Tua vontade, para que sejamos para louvor da Tua glória.
Eis aqui, Senhor, o meu barro
para que Tu o moldes;
é muito duro e está misturado
com a dor e a decepção...
Sem querer, manchou-se
de ódio e de usura
que domina o ser humano
da nossa geração!
Cansei-me já de amassá-lo,
mas não atinjo, com o meu empenho,
a essência do sagrado
que consegue a perfeição!
Toma-o... e forma com ele
vaso formoso, vaso útil,
cujo desenho e traços
forjem a Tua predilecção.
Oleiro! Faze-me o vaso
muito subtil e perfumado
com a fragância do nardo
que foi o bálsamo à dor!
Oleiro, faze que o vaso
seja feitura dos Teus dedos,
seja obra das Tuas mãos,
tenha o selo do Teu amor!...
Entrego-Te, pois, o meu barro
para que Tu o moldes:
- dá-lhe feitura cristã
que revele o Criador!.
Isabel Rodrigues
Jeremias 31:3
Que bênção maravilhosa termos consciência de que somos amados de Deus, e amados com amor eterno, que jamais será interrompido!
Só os crentes com corações limpos podem experimentar, de facto, o que isso é! É algo de novo, de transcendente, de que não podemos deixar de falar a todo o tempo.É algo que nos alegra e consola.
Já experimentaste a doçura de viver no amor eterno de Deus? Mas, o que é isso? Isso é viver perdoado, sem a terrível acusação da nossa consciência pelas transgressões e iniquidades cometidas e vividas. Isso é viver protegido sob as asas do Omnipotente Deus. Isso é viver consciente do presente da salvação e da realidade do futuro na presença do Pai, que nos ama. Isso é viver uma vida transformada e regenerada pelo Espírito Santo de Deus, uma vida com objectivos altruístas.
Se ainda não experimentaste viver esta vida com objectivos santos, entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e Ele, que te ama com entranhável e eterno amor, te dará a felicidade eterna, com a bênção do Seu amor.
Oseias 14:5
"Eu serei para o meu povo de Israel como o orvalho refrescante e ele florescerá como o lírio e espalhará as suas raízes como os cedros do Líbano e as suas vergônteas e a sua glória será como a da oliveira..."
Esta foi a doce promessa de Deus, no passado, para Israel, o seu povo. Esta é a promessa do Senhor nosso Pai para os Seus filhos hoje, pois a Sua Palavra não passa jamais - "passarão os céus e a terra, mas as minhas palavras não passarão" (Mateus 24:35).
Assim, gotejará permanentemente o orvalho dos céus sobre o povo do Senhor, pois Ele abrirá o Seu bom tesouro, o céu, para dar a chuva no seu tempo e abençoar a obra das nossas mãos (Deuteronómio 28:1-14) e florescerá como o lírio num jardim regado.
O lírio é extraordinário pela sua alvura. O Senhor nos tem lavado com Seu sangue para que, mesmo estando numa terra suja, possamos preservar a nossa pureza e atrair para Jesus aqueles que ainda não lavaram suas vidas no sangue do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
O lírio cresce rapidamente. As suas raízes (rizomas) parecem mortas durante os rigores do inverno, mas, ao surgir o orvalho da Primavera, logo se desenvolvem e mostram a alvura da sua flor. Assim a graça de Deus pode desenvolver o dom que em nós há e todos podem ver a nova vida que Cristo dá -- pura, gloriosa e santa.
"Nem mesmo Salomão, com toda a sua glória, se vestiu como os lírios do campo..."
Que a beleza de Cristo se veja em mim, como a pureza se vê nos lírios do campo.
ORAÇÃO NO DESERTO
Mateus 4:1
El-Shaddai
Eu sei que é tempo de partir rumo ao deserto
eu sei que há um ribeiro a fluir no ermo para mim
por entre a terra seca e árida,
Por entre o grito dos pássaros aflitos
ouço a água que corre solitária
cheia de promessas e de vida.
Os meus passos levam-me ao deserto
e, na quieta solitude do silêncio,
aprendo a Teus pés a lição de cada dia -
a arte da quietude de quem confia
no Deus Omnipotente.
No deserto.
No deserto tenho fome e sede de Deus.
No deserto aprendo a distinguir entre o que é mesmo
importante e o que não importa assim tanto.
No deserto não encontro ninguém além de Deus ao
meu lado; ninguém me ama a esse ponto, ao ponto de
vir ficar comigo no deserto por tempo indeterminado.
Alguns não conseguem velar comigo nem uma hora;
outros passam por aqui, demoram-se um pouco,
compadecem-se, dão ideias e conselhos, e depois
seguem o seu próprio caminho,
enquanto eu continuo no deserto,
na dependência do Pai, sem mais ninguém!...
Não quero ter miragens neste deserto.
Quero que a visão fique clara, límpida, e me
faça ficar firme como vendo o invisível.
Eu clamo, amado Senhor, com toda a minha alma:
- Faz-me forte no deserto,
esse é o meu campo particular de treinamento,
agora eu compreendo isso.
Faça-se em mim segundo a Tua vontade.
Clarisse Barros - in El-Shaddai "