João 1:15-19 João 1:18
Temos ouvido muitas vezes : - "eu nunca vi, nem apalpei, nem ouvi Deus, logo, Deus não existe". Esta é uma "lógica da batata", porque há muitas coisas que não vimos, nem apalpamos, nem ouvimos e contudo existem. Não vemos a dor, nem a ouvimos falar, mas ela existe; não apalpamos a luz, nem a ouvimos, mas ela existe.
Na verdade, Deus nunca foi visto por alguém, mas o Seu Filho Unigénito, que está no seio do Pai, esse O fez conhecer e veio revelar ao mundo. O Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a Sua glória, como a glória do Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.
Há questões que nós não podemos responder, acerca de Deus. Ele é Deus e nós simples criaturas do Seu poder. Fazer perguntas, tais como: Quem é Deus? Como é que Ele é? Tem boca, olhos, ouvidos, pés, etc., como nós? Isso são antropomorfismos para melhor chegarmos a Deus e não a explicação do Deus que é inexplicável!
A melhor e mais óbvia forma de conhecermos a Deus, além da criação que nos rodeia, da Sua Santa Palavra - a Bíblia - é conhecer a Jesus, Seu Unigénito Filho,o qual é "o resplendor da Sua glória e a expressa imagem da Sua Pessoa..."
Jesus veio expressamente para nos dar a conhecer o Deus Pai, pleno de amor, justiça, verdade, santidade. Tudo isso Jesus encarnou na Sua Pessoa, além dos atributos absolutos e exclusivos de Deus, tais como: - eternidade, imutabilidade, omnipotência, omnisciência, omnipresença. Jesus é Deus uno com o Pai e com o Espírito Santo e foi de Sua vontade vir a este mundo pagar as nossas dívidas (pecados), a fim de que possamos viver de novo na plenitude da vida que Ele criou para nós.
Deus revelou-Se a Si mesmo à humanidade com o propósito de remir para Si um povo especial, zeloso das boas obras e apto para a vida com Ele.
Conheçamo-lO, conhecendo e crendo na obra vicária de Jesus na cruz do Calvário.
Lucas 2:39-52 Lucas 2:39
Este texto bíblico é único e exclusivo do Evangelho de Lucas. Narra tudo quanto sabemos da infância, adolescência e juventude de Jesus. Tudo o que se possa dizer desse período da Sua vida, além de que crescia em estatura, em sabedoria e em graça diante de Deus e dos homens, que era submisso a Seus pais e que, a partir dos doze anos, teria ido sempre a Jerusalém à Festa da Páscoa, é especulativo.
Creio que sabemos, desse período da vida de Jesus, tudo quanto precisamos de saber, por isso, Deus o preservou para nós e para bênção do nosso coração.
Depois de José e Maria terem cumprido tudo o que estava escrito na Lei do Senhor sobre o Menino nascido, eles voltaram para a Galileia, para a cidade de Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta. Que exemplo maravilhoso! Será que nós nos preocupamos em cumprir todos os preceitos do Senhor? Será que é prioridade para nós pormos Deus e os Seus mandamentos em primeiro lugar?
O que é interessante é que este sentimento de obediência a Deus não era superficial na vida de Maria e José, era regra. De tal maneira regra cumprida e assimilada que Jesus, aos doze anos, disse a Sua mãe: - "então não sabeis que me convém tratar dos negócios de Meu Pai(Deus)?" Primeiro buscar e cumprir as mensagens do Reino de Deus e todas as demais coisas nos serão acrescentadas (Mateus 6:33).
Quando é que nós, os filhos de Deus, nos convencemos que, para crescer na graça, no conhecimento e no amor de Jesus, é preciso termos por norma obedecer ao que o Pai nos ordena?
Lucas 2:36-39 Lucas 2:37
Ana era uma verdadeira viúva, correspondendo à descrição que Paulo faz em I Timóteo 5:3-5; pessoa do sexo feminino, que vive desamparada, pobre, mas que espera e persevera de noite e de dia em oração. Crente fiel, devota, cooperante, mas não fanática.
Ana amava a casa de Deus e considerava-a o lugar onde Ele se revelava aos que n'Ele esperavam. Ela esperava em Deus, na Sua revelação, pelo que se lhe podiam aplicar as palavras do salmista: "... a minha alma está desejosa e desfalece pelos átrios do Senhor" (Salmo 84:2).
Deus recompensou a fidelidade de Ana, permitindo que, já em sua velhice, visse o Salvador e d'Ele desse testemunho em toda a Jerusalém - "falava d'Ele e dava graças a Deus, perante todos os que esperavam a redenção em Jerusalém..."
Nunca é tarde ou cedo para falar de Jesus, o Salvador. Timóteo sabia as Sagradas Letras desde a sua meninice e certamente desde a sua juventude falava de Jesus, Senhor dos senhores. Ana, na sua velhice viu o Menino-Deus e logo abriu a sua boca para anunciar quem estava ali - a Esperança de Israel.
Falar e dar testemunho de Jesus é trabalho para todos. Homens e mulheres, jovens e séniores, todos têm esta oportunidade, basta que a aproveitem. Ana falou a todos do Menino-Deus. Neste Natal demos testemunho de Jesus, porque Natal sem testemunho de Jesus não é Natal.
O Natal é de Jesus! Falemos d'Ele ao mundo e celebremos com alegria o Seu Nome.
Lucas 2:25-35 Lucas 2:25
Simeão era um homem, habitante de Jerusalém, que era temente a Deus, justo e que tinha uma vida piedosa. Vivia na esperança da consolação de Israel, pela libertação do jugo dos romanos, através da vinda do Salvador, para quebrar o jugo satânico em que vivia aquele povo hipócrita, com o coração longe de Deus, mas que, com seus lábios, pronunciavam constantemente Seu Nome.
Nada mais se sabe deste Simeão, para além de ser justo, recto e piedoso em sua vida. Naquele dia em que Maria e José apresentaram ao Senhor o seu primogénito, no templo, este homem, levado pelo Espírito Santo, foi também ao templo e, tomando Jesus em seus braços, profetizou sobre Ele a dor que, um dia, Sua mãe sofreria. Deveria ter sido uma cena maravilhosa quando aquele ancião tomou em seus braços o Menino de 40 dias e disse: - "Agora, Senhor, despede em paz este Teu servo, segundo a Tua palavra, porque já os meus olhos viram a Tua salvação, que preparaste para todos os povos, e que será luz para alumiar as nações e para glória do Teu povo de Israel".
Deus sempre tem servos Seus para, mesmo nas piores circunstâncias, anunciarem a Sua Palavra. Na altura certa, Simeão estava lá! A religião falha (como falhou o judaísmo para anunciar o Salvador), mas Deus providencia a pessoa certa, para estar no lugar certo para entregar a mensagem necessária.
Elias pensava que estava só com a mensagem verdadeira, mas, no final, mais de sete mil estavam lá sem dobrarem o seu pé a Baal (I Reis 19:14-18); os saduceus, fariseus e escribas, tradicionalistas, profissionais da religião, falharam, não cumpriram a sua tarefa, mas Deus tinha guardado um velho desconhecido que tinha a Palavra na sua boca. Aleluia!
Tu, meu irmão, minha irmã, amigos; tu, meu velho camarada de labutas, talvez sejas o homem ou a mulher do "cornetim" que é preciso tocar: -- "Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com Deus" (Amós 4:12)
Lucas 2:21-24 Lucas 2:22
Ao passarmos os nossos olhos sobre este pequeno texto de Lucas, a nossa atenção é despertada para o facto de todo o cerimonial da Lei Mosaica ter sido cumprido em relação a Jesus:
Jesus diria mais tarde a João Baptista : - "...deixa por agora, porque convém cumprir toda a justiça" (Mateus 4:14-15). Ele não precisava que este cerimonialismo fosse realizado, mas era preciso que tudo fosse feito, a fim de que todos vissem que Ele era um verdadeiro israelita, a quem nada havia que apontar, já que, também, viera remir os que estavam debaixo da Lei (Gálatas 4:4).
"Deram-Lhe o Nome de Jesus": "Jeová é salvação"; "Deus é libertador"; salvará o Seu povo dos seus pecados. Esta é a mensagem que temos que proclamar ao mundo inteiro - Jesus é o Messias que veio buscar e salvar o que se havia perdido. Jesus é o Salvador do mundo - "a minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Jesus (Deus), meu Salvador" (Lucas 1:46).
Não nos contentemos com menos - conhecer, amar e crer em Jesus como nosso Salvador. Ele é o Salvador do mundo por direito próprio:
Mateus 2:1-12 Mateus 2:1
Os Magos viram a luz do Rei, que havia nascido em Belém da Judeia, e foram adorá-lO e presenteá-lO com seus tesouros de ouro (símbolo da realeza de Jesus), incenso (símbolo da Sua deidade) e mirra (símbolo do sofrimento que teria de enfrentar para cumprir a Sua missão na terra).
Esta luz que os Magos viram no Oriente, e pela qual foram guiados, havia sido profetizada desde a antiguidade (Números 25:17 e Isaías 9:2, 6) e concretizou-se nos tempos do rei Herodes, trazendo-os até Belém da Judeia.
Nasceu Jesus, o Rei, não só dos judeus, mas também de todos aqueles que n'Ele crerem como Senhor e Salvador. Jesus é a Luz do mundo, a Luz que transforma vidas e as guia pelas veredas da justiça, da santidade, da verdade e do amor. Ele, Jesus, é a Única Luz que nos indica a senda da absolvição e o Caminho para Deus.
Jesus é a Luz que avisa o homem dos perigos que corre. As luzes de Natal são luzes que deslumbram, mas apenas para iludir. Jesus, a Luz do mundo, indica o Caminho, a Verdade e a Vida.
Deixa a Luz de Cristo resplandecer na tua vida, e os homens dobrarão os seus joelhos em adoração ao Pai. "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mateus 5:16).
A Luz de Jesus é a única luz verdadeira (João 1:5) e é a Luz que ilumina, transforma, aquece, conforta e dá sentimentos de descanso e verdadeira paz (Mateus 11:28).
Não percamos de vista a razão e o desafio da Luz de Natal (João 3:16), porque quem a perde de vista está condenado para sempre (João 3:18)
Lucas 2:8-14 Lucas 2:14
Hoje é Dia de Natal! Todos os dias deviam ser "Dia de Natal", quer porque há menos movimento e barulho nas ruas, menos poluição no ar, e, especialmente, porque parece pairar sobre nós um sossego e uma paz diferente dos outros dias, mesmo dos domingos, feriados e "dias santos de guarda".
Interroguei-me a mim mesmo sobre a razão desta calma e fria manhã do Dia de Natal. Na verdade, não era porque houvesse um novo sentir nos corações, nem mais paz na alma dos homens, nem mais relacionamentos dos homens com o Deus da paz e do amor. Os ladrões continuam à espera da oportunidade para "palmarem" os bens do seu próximo; os mercantilistas e enganadores à espera dos incautos e desprevenidos para os enganarem; os invejosos, adúlteros e fornicários à espera das suas vítimas, que ainda dormem, etc., etc..
No final, concluí, a paz e a harmonia que parecem pairar no ar, não é fruto de comunhão, gratidão e relacionamento com Deus, mas apenas pelo cansaço das festanças, embriaguês e glutonaria de uma noite de consumismo desenfreado, em que não se olhou a gastos, nem tempo para as demonstrações de vaidade e da abastança, que, de facto, não temos.
Ah!... mas sempre houve o calar da consciência gritante, no mais íntimo do peito, com umas chamadas telefónicas de valor acrescentado (em que mais de metade ficou para os gulosos do caminho), umas ofertazinhas para o "banco alimentar", e umas esmolas para os "sem abrigo", para as crianças daqui e dali (as grandes exploradas em nome da solidariedade), etc., etc..
Mas, foi isso para louvor de Deus, para bem dos pobres e necessitados ou para servir interesses mesquinhos e obscuros, escondidos por detrás da necessidade de sermos solidários com a pobreza e os desamparados da vida? A quem servem essas grandes campanhas publicitárias, com muitos explorados até à exaustão? Servem os pobres ou servem os "judas" e ladrões que guardam a bolsa e tudo o que se lá põe? Servem a Deus ou servem uns quantos espertinhos que mamam em todas as "tetas"?. Servem a Deus ou a "César", que, à cabeça, cobra 20 % de IVA sobre as chamadas feitas com fins beneficentes?
Natal devia ser um dia (tempo) de gratidão e louvor a Deus, porque nos deu Jesus para nossa salvação. Foi assim que o sentiram os pastores das cercanias de Belém que, ouvindo o apelo dos anjos, foram até à cidade de David adorar o Deus-Menino. Foi assim que também o sentiram os magos do Oriente que, desde longe, vieram trazer suas ofertas a Jesus.
Neste Natal, demos a Jesus a melhor prenda da vida -- demos-Lhe o nosso coração! "Dá-me, filho Meu, o teu coração!"
Lucas 1:46-56 Lucas 1:46
Hoje, as famílias reúnem-se para celebrar o Natal de Jesus (será que é mesmo o Natal de Jesus?) Se é verdadeiro este sentimento, achamos muito bem, pois este é tempo de celebrar, engrandecer e louvar a Deus porque nos deu Jesus para nossa salvação.
"Vindo a plenitude dos tempos, Deus deu-nos e enviou o Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, para remir os que estavam debaixo da Lei, a fim de recebermos a adopção de filhos". Que bênção tão grande! É mesmo caso para celebrar ao Senhor e exclamar como Maria, mãe de Jesus, "a minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador".
Parece que hoje se celebra mais o tempo do lendário "Pai Natal", com toda a palhaçada correspondente, de renas, vacas, ovelhas, prendas, brinquedos, lautos banquetes, etc., do que o nascimento do Deus-Menino, entre os homens. O Natal de hoje é mais uma faceta do cristianismo pagão do que um Culto de Louvor e gratidão a Deus, porque nos deu Jesus (Filipenses 2:4-11) para salvar o homem.
O Natal deverá ser uma festa de luz, amor e paz entre os homens e de adoração e contacto real com Deus. Mas, onde fica Deus no meio destas festanças? Onde fica Jesus no Natal do homem do século XXI ? Fica eternamente bébé entre palhas e fantoches? Ou nem isso, sendo substituído pelo mito do "Pai Natal"?
Não. Natal sem Jesus, sem adoração e louvor a Deus, não é Natal. Esse Natal não presta, só serve aos mercadores e vendilhões, que, ainda por cima, negoceiam à sombra de uma solidariedade hipócrita, de onde os "passarões" comem tudo e deixam só as migalhas para os pobres!
Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho
e chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel.
Isaías 7:14
O povo que andava em trevas viu uma grande luz
e sobre os que habitavam nas regiões da sombra da morte
resplandeceu a luz.
Isaías 9:2
Porque um Menino nos nasceu e um Filho se nos deu;
o principado está sobre os Seus ombros
e o Seu Nome será:
Maravilhoso
Conselheiro
Deus forte
Pai da eternidade
Príncipe da Paz.
Do incremento deste principado e da paz
não haverá fim
sobre o trono de David e no seu reino.
Isaías 9:6-7
I Coríntios 16:5-24 I Coríntios 16:22
Estes versículos de I Coríntios 16:5-24, são as saudações finais de Paulo à Igreja de Corinto, onde se salienta a necessidade do amor fraternal ser demonstrado, já que o amor é a "marca" do verdadeiro cristianismo. Se isto era uma verdade a ser praticada entre os irmãos, quanto mais o devia ser entre cada crente, santificado em Cristo, seu Senhor?
Se alguém não ama ao Senhor, seja excluído desta comunidade. Não faz sentido estar ali, se não ama ao Senhor Jesus, que é Cabeça da Igreja. É como um cadáver estar no meio dos vivos "insepulto". Prejudica a comunidade, produz mau cheiro, deve ser retirado.
Quando Jesus voltar (maranata) não é conveniente a presença de cadáveres no meio da comunidade dos vivos!
Estas palavras de Paulo podem parecer-nos duras de mais, contudo, o fraquejar no amor ao Senhor prejudica profundamente a Igreja. Torna-a nauseabunda aos olhos do mundo, em vez de espalhar a doce fragrância de Cristo!
Amemos e vivamos no amor de Cristo, para que o Seu doce cheiro de salvação se espalhe por toda a terra, pois breve Jesus virá -- MARANATA!