Parecia um pacato polícia, no desempenho das suas funções. Nem alto, nem baixo, nem magro, nem muito gordo, nem ostensivo no uso da sua farda, nem de aparência tímida. Parecia em tudo normal, mas viria a demonstrar muito nervosismo ante o inesperado.
Estava parado em frente a uma agência bancária, de mãos atrás das costas, vendo a vida passar sem grandes preocupações. De repente, sente-se a desaceleração de uma mota para fazer a curva, mas logo acelera fortemente, fazendo um rather " abrupto e inesperado, que assustou os menos acostumados a estas brincadeiras dos motars " em tempo de concentração. O desprevenido agente dá um salto à retaguarda, puxa do apito, leva-o à boca, sopra, sopra, mas nada mais sai que um ridículo ruído do ar mal aplicado no "assobiador"...
Entretanto, a potente moto passa que nem um foguete, deixando atrás de si um conjunto de falsos tiros, causando hilaridade e mofa entre os mais jovens que por ali estavam. Só o senhor polícia continuava agarrado ao apito, fazendo pff ... pff ..., mas não produzindo qualquer som próprio.
Fiquei triste pela forma como trataram a "gafe" do senhor agente. Qualquer pessoa normal, no seu lugar, se teria assustado. Deveria ter havido compreensão.
Honra a quem honra e, neste caso, ele só não conseguiu apitar forte.