Mateus 4:1-11 Mateus 4:4, 7
Calhou-me este texto num dos meus devocionais.
Já conheço o texto há mais de sessenta anos, já reflecti sobre ele muitas vezes, sozinho e em meditações e estudos variados. Procurei alguns comentários, mas só me diziam o que eu já sabia. Mas eu também sabia que algo estava errado em mim, pois sei que a Palavra é nova todas as manhãs e que tem sempre alguma coisa nova para os nossos corações. Pecado não confessado? Pecado escondido? Isto não podia acontecer, pois vinha contra todos os meus princípios de fé e ensinos deixados ao longo dos anos...
Curvei a cabeça sobre a secretária e orei, contrito : - "O que está a acontecer, Senhor? Que se passa comigo? O que é que eu fiz, disse, ou deixei de fazer ou dizer?"
Imediatamente um pensamento, rápido como um raio, cruzou a minha mente - ORGULHO!
- Orgulho, Senhor?...
- Sim. Pois não estás a pensar que já sabes tudo sobre este texto? Quem pode sondar a Minha pessoa? Quem pode saber tudo sobre os Meus insondáveis estatutos?
Desta vez caí sobre os meus joelhos e orei: - "Perdoa-me, Senhor, pois acabo de interpretar o papel de Satanás quando, orgulhosamente, se comparou ao Altíssimo (Isaías 14:13-15). Perdoa-me e reabilita-me para compreender a Tua Palavra".
De novo, pousando os meus olhos sobre o texto, eles pararam na frase com que Jesus ripostou às tentações diabólicas - "está escrito..."
Jesus não pediu ao Pai mais sinais, nem mais poder, nem novas revelações, apenas usou o que "está escrito".
A Palavra de Deus, inspirada, é proveitosa para ensinar, redarguir, corrigir e instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra (II Timóteo 3:16-17).
Que mais queria eu? Que mais queremos nós? Está escrito o que precisamos para o nosso crescimento espiritual.