Era uma "cadeira" difícil. Por vezes, não se tem mesmo queda nenhuma para aquilo e, então, é o desastre.
Bem que o rapaz puxava pela cabeça, mas não vinha nada. A "coisa" estava mesmo negra. Olhou para o lado e viu o raciocínio do colega. E, porque não? Não, não, repetia-lhe a voz da consciência, contudo, o desejo de ultrapassar aquela barreira era grande, por isso, vá de copiar. Ao menos, para ter positiva, justificava-se a si mesmo.
Conseguiu. Um pouco aqui, uma olhadela acolá, um gráfico m ais adiante, ele conseguiu nota para passar.
Foi para casa, primeiro eufórico, depois assustado e depois em terror, com pesadelos de prisão, expulsão da escola, etc.. Não dormiu bem, não comeu nada e só se sentiu feliz quando, cedo de manhã, se encontrou com o austero professor de matemática e lhe contou o seu delito, pedindo que não considerasse o seu ponto, pois tinha copiado e transgredido as regras da escola.
Eurico era crente e sabia que a fraude e o engano não se coadunam com a verdade de Jesus (João 14:6). Ele aprendeu a lição. Foi castigado, mas passou o ano com a consciência tranquila, sem mais pesadelos, nem medos.
"Aquele que está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo" ( II Coríntios 5:17)