luz diária

Cantares de Salomão 2:1-17                                            Cantares de Salomão 2:15

Entre as muitas e belas comparações feitas neste extraordinário poema de Salomão, dedicado à sua amada (filha de Faraó? Jovem sulamita? Figura alegórica?) ele faz os elogios mais sublimes à eleita do seu coração.

Bem podemos ter aqui, também, uma figura de Cristo e da Sua noiva, purificada pelo Seu sangue e preparada para o louvor da Sua glória.

No versículo 15 do capítulo 2, há uma exortação para que sejam apanhadas as raposas e as raposinhas que fazem grande males à vinha, isto é, que podem causar prejuízos à vinha, ou seja à vida e relação do noivo e da noiva. Que raposinhas serão estas? Fala especificamente das raposinhas por serem as mais insinuantes, mais perigosas e mais destruidoras, pois a sua acção é mais subtil, mais escondida, e só se dá por isso tarde demais.

Muitos exegetas da Bíblia identificam as raposinhas com os pequenos "pecadilhos", ou pecados tidos como de sem importância, que se introduzem na "vinha" e a destroem, quer nas raízes, quer na florescência, quer na colheita, por não poderem chegar aos cachos maduros. São perigosíssimos esses "pequenos pecados", pois vão destruindo lentamente a vinha, deixando-a incapacitada para produzir bons frutos por longo tempo, ou até para sempre. Cuidado, muito cuidado!

Entre essas raposinhas, que se introduzem na Igreja pela vida dos crentes descuidados, podemos mencionar o "mau génio", a "má língua", a "calúnia velada", as "pequenas mentiras", a "inveja perniciosa", a "desobediência a pais e mães", o "egoismo", o "amor ao dinheiro", a "mancebia" (hoje conhecida pelas relações experimentais na vida sexual), o "ódio", a "não guarda do dia do Senhor", o "invocar o Nome de Deus em vão", etc., etc.. Todos são muito prejudiciais para a  nossa vida espiritual. Lembremo-nos sempre que "quem rouba hoje um tostão, amanhã roubará um milhão"; "quem faz um cesto, faz um cento".

"Cuidado com as raposinhas que fazem mal às vinhas..." Expulsai-as cedo. Guardai a vinha para que nenhuma entre, pois, quando entrar uma, logo chegarão outras.