Êxodo 9:27-28 Êxodo 9:27-30
Foi preciso Faraó rebaixar o seu orgulho e a sua petulância. Finalmente reconheceu que era ímpio, injusto e que Deus era o único Deus de quem não se pode blasfemar. Sabemos que Faraó, lá bem no íntimo do seu coração, ainda não estava "amansado". Ainda foram precisas as pragas dos gafanhotos, das trevas e da morte dos primogénitos.
Mas, a verdade é que Faraó cedeu e deixou sair o povo do Senhor, tendo pago com a vida dos seus soldados, afogados no mar Vermelho, os últimos fulgores do seu orgulho (Êxodo 14:15-26).
Deus não se contenta com falsos arrependimentos. Deus não quer "concordantes"; quer regenerados, salvos, que façam tudo segundo a Sua santa vontade. Não basta que Deus pare os trovões, a chuva e a saraiva; é precioso que nós deixemos que Ele transforme os nossos corações para aceitarmos a Sua santa vontade. Às vezes não é fácil, mas é a única forma.
Parece que a confissão de culpa de Faraó era honesta, sentida, mas, logo que os trovões passaram e a saraiva deixou de cair, o seu coração tornou a endurecer e ele voltou ao mesmo. Quantas vezes temos procedido como Faraó, prometendo mas não cumprindo, escutando mas não ouvindo, dizendo uma coisa e fazendo outra?
Como é que nós nos temos comportado neste sentido? Quantas vezes temos prometido e votado a Deus coisas que nunca cumprimos? Lembremo-nos que mais vale não prometer, do que prometer e não fazer. Deus é zeloso e não ama promessas feitas para não serem cumpridas. O Faraó acabou por pagar caro a sua atitude para com Deus - morreram os primogénitos do Egipto, possivelmente também o seu filho; morreram os seus soldados, afogados no mar; e quem sabe se ele próprio não pagou com a vida física a sua rebelião e as suas promessas não cumpridas?