Nada, ou quase nada, sabemos sobre os magos que vieram do Oriente a Jerusalém (Belém), para adorar o novo rei dos Judeus. Não sabemos quantos eram (se dois, três ou mais), quais os seus nomes (Gaspar, Belchior, Baltazar são apenas nomes da tradição), qual a sua nacionalidade; sabemos apenas que vieram de países a Oriente de Jerusalém.
Como teriam sabido que haveria de nascer, aos judeus, um rei extraordinário? Também não sabemos, mas talvez tivessem tido conhecimento pela fé messiânica das dez tribos dispersas, pelos seus estudos futuristas ou, até mesmo, pelo estudo da confluência dos astros; não esqueçamos que eles eram homens sábios.
Não sabemos muitas coisas e também talvez não interesse satisfazer a nossa curiosidade. O que sabemos, contudo, é que há homens de Deus em lugares onde nunca pensaríamos encontrá-los. Deus tem servos Seus em todo o mundo. Lembremo-nos de Jó em Uz, Jetro no deserto, estes magos no longínquo Oriente, Melquisedeque nos confins do mundo, porém, todos eles, com muita ou pouca luz, mas salvos e escritos no livro da vida . Todos eles a chegarem do Norte, do Sul, do Este e do Oeste para as bodas do Cordeiro, a realizar no tempo e lugar certos. Aleluia!
A visita dos magos ao Rei Jesus demonstra-nos também que, muitas vezes, os primeiros são os últimos e os derradeiros os primeiros. Ali, em Jerusalém, estavam os líderes religiosos, os poderosos entre os Judeus, mas eles não procuraram Jesus para O adorar, mas os de longe chegaram primeiro. É que Ele veio para o que era Seu e para os Seus, mas os Seus não O receberam, nem Lhe deram glória.
A salvação, muitas vezes, é rejeitada por pessoas que "à priori" a deveriam aceitar por terem muito conhecimento. É que não basta conhecer, é preciso aceitar e praticar como aqueles magos. O rei Herodes e os seus grandes quiseram "saber", mas não abriram o coração para a fé.
Os magos abriram o coração para a fé e, depois, com facilidade, abriram seus tesouros e Lhe ofertaram ouro, incenso e mirra.
Dá teu coração a Jesus.