Lucas 1:46-54
Sem idolatrarmos Maria de Nazaré, mãe de Jesus, chamado o Cristo, reconhecemos que ela é um dos caracteres, do Novo Testamento, vincado com algumas das mais excelentes virtudes cristãs.
Vemos em Maria uma pessoa disponível e pronta para servir a Deus. Sendo jovem e tendo a vida à sua frente, não se escusou, contudo, a assumir o compromisso de ser a serva do Senhor para a consecução da vontade divina. Não sabia como seria, nem como seria possível, mas estava pronta, aceitava o desafio.
Vemos nela, também, uma mulher corajosa. Teria que enfrentar e explicar o inexplicável a José, seu noivo. Teria que se preparar para enfrentar a fúria da "religião dos pais", que poderia condená-la à delapidação por adultério. Teria ainda que ter em conta a coscuvilhice das "comadres", a acusação da família e os ditos e sarcasmos dos "santinhos" e intocáveis do momento. Maria demonstrou a sua coragem e confiança em Deus, estando pronta a ir até ao fim.
Para além de tudo isto, Maria demonstra ainda ser uma alma agradecida -- "A minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador..." Infelizmente, a gratidão é um sentimento pouco vulgar no nosso mundo de egoísmo, mas esta mulher não só aceitava a tarefa de ser mãe do Salvador, com todas as implicações e responsabilidades, como ainda estava grata e alegre por tal missão.
O que sou e o que tenho, isso te dou com alegria, pois atentaste na baixeza da tua serva e lhe fizeste grandes coisas.
Para a concretização dos planos de Deus entre os homens, precisamos, cada vez mais, de pessoas como Maria de Nazaré -- disponíveis, honestas, corajosas, responsáveis e agradecidas por servirem na Obra de Deus.