Era uma velha oliveira de casca rugosa e de enorme copado . Todos os anos de safra produzia mais de 5 arrobas de azeitonas. Era o orgulho do entroncado quinteiro do "Fraguedo" que a tratava, estrumava e podava com arte e cerimónia. Todos tinham que ver aquela árvore singular! Era o seu "mais que tudo".
Um dia, para contrariar e mesmo acabar com o orgulho do agricultor, que a todos mostrava a oliveira que dava cinco arrobas de azeitonas por ano, o "tio Chico" foi enforcar-se na velha árvore. Acabou ali os seus dias de uma forma triste e medonha. Coisas da vida.
Alguém, querendo tornar as coisas ainda mais tristes, desenhou, na casca da vetusta oliveira, uma cruz, como querendo dizer: - aqui morreu um homem.
Quem não se conformou com aquele "acabar de glória" foi o encarregado da quinta, que, agora, tinha acanhamento de mostrar a sua árvore. Que havia de fazer? - perguntava-se. Aquele símbolo de morte gravado no tronco da árvore tirava-lhe toda a oportunidade de falar das "cinco arrobas" anuais de azeitonas.
Como o Sr. Manel era um exímio enxertador, conhecido em todo o concelho, não esteve com meias medidas, recortou um pedaço de casca de outra zona do tronco, alargou com disformidade o sinal da cruz e colocou ali o enxerto, que em breve crescia como se fosse a casca natural.
Nada mais restava do fatídico sinal. O tronco estava sem marcas estranhas e a grande árvore poderia de novo ser olhada como grande produtora de azeitonas e não como instrumento de morte. Era de novo o "ai Jesus" do "tio Manel ".
"Eu mesmo sou o Senhor que apago as tuas transgressõ es
e, por amor, me não lembrarei mais dos teus pecados".
Isaías 43:25
"Bem aventurado o homem a quem o Senhor limpa de toda a maldade
e a quem não imputa mais os seus pecados".
Salmo 32:1-2
"O sangue do Senhor Jesus Cristo, o Seu Filho,
nos purifica de todo o pecado".
I João 1:7-9