Hebreus 10:24 Hebreus 10:23-25
O comodismo espiritual a que muitos crentes se entregam é um dos grande males que ainda conservamos nas nossas comunidades. Nunca deveríamos parar, quer pela palavra, quer pela prática, de nos estimularmos ao amor a Deus e ao amor fraternal, bem como à prática das boas obras. As boas obras não salvam ninguém, mas são o sinal, a marca distintiva dos verdadeiros cristãos.
Infelizmente, todos nós somos potencialmente comodistas espirituais. Não temos tempo para nos envolvermos nas actividades da Igreja, reclamamos que mais que uma ou duas reuniões por semana é demais, que os ensaios são uma seca, que a evangelização pessoal não é precisa porque Deus acaba por salvar todos os Seus, etc., etc.. Queremos tempo para nós, mas não estamos disponíveis para Deus, logo a Ele que é o "dono" do tempo e que pode acabar com o "nosso tempo" de um momento para o outro. Sejamos coerentes, demos tempo a Deus e Deus nos dará tempo a nós.
Entretanto, segundo o nosso texto, devemos estimular-nos uns aos outros e mantermo-nos unidos na prática do amor e das boas obras, porque isto é agradável ao nosso Pai do céu.
O verdadeiro teste à nossa espiritualidade e à nossa comunhão com Deus mostra-se quando num mundo mau, ingrato, comodista, tumultuoso, somos capazes de amar com amor não fingido, sofredor, benigno, que não busca os seus interesses, que não folga com a injustiça (ler I Coríntios 13) e que está sempre pronto a perdoar e a não ficar com ressentimentos.
Estimulemo-nos à prática do amor que nos leve à prática das boas obras - ajudar os órfãos, as viúvas, cuidar dos doentes, visitar os presos, praticar toas as obras de misericórdia, como perdoar a quem nos tenha ofendido.
Não sejamos comodistas espirituais, pois o grande perigo de o sermos está em não querermos ser despertados para a prática do amor, do trabalho espiritual que é preciso fazer.
Jesus causticou este comodismo quando ordenou "ide avisar os Meus irmãos" (Mateus 28:10).