João 16:32 Lucas 22:39-46
Jesus estava como o pardal solitário no telhado - só, abandonado por todos os Seus. Os Seus amigos estavam dispersos, os Seus discípulos em fuga, os que tinha curado e ajudado já não se lembravam d'Ele.
Jesus ia enfrentar a cruz sozinho. O próprio Pai viraria d'Ele o Seu rosto, porque Ele carregava os imundos pecados da humanidade. Contudo, não desanimou. Foi blasfemado e cuspido. Foi esbofeteado e agredido com espinhos. Sofreu os "ditoches" de todos - dos grandes da religião, dos soldados romanos, da ralé mais baixa de Jerusalém - que viam naquela crucificação motivos para um gozo tolo, estupidificante mesmo.
Como o pardal solitário no telhado, pois os que tanto amava O desprezaram, negaram e fugiram.
Sozinho, mas não vacilou. "Faça-se em Mim conforme a Tua vontade". Só a vontade do Pai é importante, pois ela tem em conta a salvação dos homens perdidos.
Assim, só, Ele foi até à cruz, onde morreu pelos nossos pecados! Aleluia!
Mas, o Pai está sempre Comigo! Desviará o Seu rosto, mas não Me abandonará. É assim. O Pai nunca nos abandona e isto é um grande conforto para nós, porque, no final das nossas lutas e tormentos, Ele nos dirá: "Bem está, servo bom e fiel, sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu Senhor" e ostenta para sempre a coroa da vida.
Certamente teremos de atravessar o vale da dor, da solidão, do abandono e do sofrimento. Assumamos que o Senhor sempre está connosco. Ele já passou por lá, sabe bem o caminho para nos ajudar e confortar.
Paulo escreveu certa vez: - Estive sozinho na minha defesa. Ninguém me assistiu, antes, todos me abandonaram. Mas o Senhor me assistiu e me fortaleceu (II Timóteo 4:16-17).
Confiemos na promessa. Nunca estamos sós. Ele é o Deus Omnipotente e Omnipresente, sempre pronto a ajudar.